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quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Ritmo Calipso


Calipso é um estilo musical afro-caribenho que surgiu em Trindad e Tobago no século XIX. O estilo, juntamente com o mento da Jamaica e o jump blues dos Estados Unidos em meados dos anos 50, influenciou o surgimento do ska, e depois o reggae. Há quem diga que ele na verdade veio direto do reggae (o que é errado, já que o estilo jamaicano surgiu no fim dos anos 60), possuindo o nome de "afro-reggae" no começo com base rítimica forte que faz as vezes melodias do reggae de forma sutil no batuque do ska, por meio de surdos e tambores, sendo um derivado da música Jamaicana de sucesso.
O Calipso é originário de Trinidad, a partir da trama de tambores daquela região, durante as manifestações populares, principalmente durante o carnaval caribenho. As raízes dessa música remetem à chegada dos escravos africanos, que, não podendo conversar uns com os outros, comunicavam-se pela música. No final do século XX, o Calipso passou a fazer sucesso de diversas formas no mundo inteiro, criando versões totalmente diferentes. Em Moçambique o Calipso também recebeu infûencias afro-portuguesas.
Esse hábito construiu entre os escravos um senso de comunidade desde os tempos de escravidão. Com a chegada da música francesa, espanhola e inglesa à ilha, os hábitos mudaram. Os franceses trouxeram o carnaval, no qual muito tempo depois as competições de Calipso ganharam muita popularidade, principalmente com os movimentos negros que foram amplamente divulgados a partir da década de 1980.
Enquanto a maior parte dos especialistas atribui raízes africanas ao Calipso, num livro escrito em 1986 intitulado "Calypso from France to Trinidad, 800 Years of History" (Calipso: da França para Trinidad, 800 anos de história) o Calipso veterano "The Roaring Lion" (Rafael de Leon) afirma que o Calipso descende da música medieval dos trovadores franceses.
Reza a lenda do tambor de aço (instrumento percussivo bastante utilizado no calipso) que, na Segunda Guerra Mundial foram deixados bidons de gasóleo, que serviam para abastecer as aeronaves, entretanto, os nativos pensaram que aqueles bidons poderiam servir para mais alguma coisa se não causar poluição. Então, pegaram nos bidons e fizeram alvéolos circulares, e assim se constituíram o tambor de aço (steel drums), da categoria dos idiofones. Mas na verdade o instrumento foi criado pelos afro-descendentes jamaicanos da ilha de Trinidad como forma de comunicação entre os negros escravizados e foram subseqüentemente declarados ilegais pelo governo colonial britânico em 1883, com receio de que os ilhéus pudessem organizar rebeliões através da comunicação sonora. Os negros também utilizavam os tambores de aço durante a celebração da terça-feira gorda, festividade trazida às ilhas de Trinidad e Tobago pelos franceses.
O Calipso, é um estilo musical muito alegre, que se costuma tocar no carnaval, com várias acentuações e ritmos sincopados. As harmonias são muito simples utilizando-se os acordes da tónica, sub-dominante e dominante. Os franceses trouxeram o carnaval, no qual as competições do Calipso ganharam muita popularidade, principalmente após a proibição da escravatura em 1834. O Calipso, influenciando a música Jamaicana dos anos 1970 em alguns géneros musicais como o reggae rap ou reggae swing, pode apresentar variações nítidas no estilo.
Uma boa fonte de pesquisa dos anos em que esse ritmo fez sucesso na Jamaica, são as coletâneas lançadas pelo selo Trojan records como Trojan calypso box set (vol 01, 02 e 03)
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No Brasil o ritmo ficou conhecido graças a banda de mesmo nome, criada por Joelma e Chimbinha. Vindos do Pará, eles conquistam cada vez mais fãs por onde passam.

Visitem o blog cavalomanco100.blogspot.com/ e saibam mais sobre a banda.

Rock in Rio de 1985: O Brasil abraça o Rock.

Pra quem tem menos de trinta anos fica difícil imaginar o que aconteceu em janeiro de 1985. Um festival de rock com mais de dez atrações internacionais de peso? Isso era um sonho, esse tipo de coisa a gente ficava sabendo que acontecia na Europa ou nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil... Só dava pra acreditar na hora, na fila de entrada e com o ingresso na mão.

A situação era a seguinte: durante os anos setenta e começo dos anos oitenta pouquíssimos artistas ou bandas estiveram por aqui, tivemos alguns shows memoráveis de soul e jazz, mas o mundo do rock era um mercado quase inexplorado e acima de tudo desacreditado comercialmente. Sem falar da dificuldade que era produzir um show de grande porte. Simplesmente ninguém tinha esse know-how e shows com péssima organização e qualidade de som ainda pior, era comum, quem se lembra de Van Halen (alto demais) e Kiss (baixo demais) sabe como era.

Aliás, os poucos que se aventuraram aqui na selva antes do rock in rio ficaram com um lugar especial no coração dos fãs brasileiros. Nos anos setenta os heróis foram Alice Cooper, Joe Cocker, Rick Wakeman, Peter Frampton, Santana e Genesis, que deixou o público boquiaberto pela qualidade do som e simpatia de Phil Collins que conversava com a platéia em português durante toda a apresentação. E nos anos oitenta Kiss, Queen, The Police, Van Halen e de novo Frampton e Wakeman. A falta de informação era tão grande que antes do show do Kiss tinha muita gente que jurava que eles iriam matar animais no palco, e que o ponto alto da carnificina era quando Gene Simmons pisoteava pintinhos com suas enormes botas...Justo o Kiss, imagina...

Mas a hora de lavar a alma tinha chegado, meses antes do festival as atrações iam sendo confirmadas pouco a pouco: Iron Maiden, Queen, Rod Stewart, Ozzy, Scorpions, AC/DC, Yes, Def Leppard, era muito pra cabeça de qualquer rockeiro carente, não dava pra acreditar, tudo ao mesmo tempo era demais.

O mais incrível era que o momento não podia ser melhor, nos dois anos anteriores o rock tinha explodido no país com a Blitz, Titãs, Barão Vermelho, Paralamas, enfim, toda a primeira safra do rock brazuca dos anos oitenta, ouvir rock não era tão comum desde a época da jovem guarda. Além do mais quase todas as atrações internacionais estavam em ótima fase, fazendo turnês de discos bons e de sucesso, inclusive os últimos discos realmente bons em sua maioria. O empresário Roberto Medina, que criou o Rock in Rio, teve essa percepção e agiu na hora certa.

Dias antes do show, já com a programação fechada e devidamente anunciada na impressa o Def Leppard é obrigado a cancelar seus shows, o baterista havia acabado de sofrer o famoso acidente que fez com que ele perdesse o braço esquerdo. Para substitui-los foi chamado o Whitesnake, todos manjavam David Coverdale, mas a banda ainda era meio desconhecida no Brasil.

Finalmente a agenda de shows saiu:

11/01 (sexta feira):
Ney Matogrosso
Erasmo Carlos
Baby e Pepeu
Whitesnake
Iron Maiden
Queen

12/01 (sábado):
Ivan Lins
Elba Ramalho
Gilberto Gil

Al Jarreau
James Taylor
George Benson

13/01 (domingo):
Paralamas do Sucesso
Lulu Santos
Blitz
Nina Hagen
Go Go's
Rod Stewart

14/01 (segunda feira):
Moraes Moreira
Alceu Valença
George Benson
James Taylor

15/01 (terça feira):
Kid Abelha
Eduardo Dusek
Barão Vermelho
Scorpions
AC/DC

16/01 (quarta feira):
Paralamas do Sucesso
Moraes Moreira
Rita Lee
Ozzy Osbourne
Rod Stewart

17/01 (quinta feira):
Alceu Valença
Elba Ramalho
Al Jarreau
Yes

18/01 (sexta feira):
Kid Abelha
Eduardo Dusek
Lulu Santos
B-52's
Go Go's
Queen

19/01 (sábado):
Baby e Pepeu
Whitesnake
Ozzy Osbourne
Scorpions
AC/DC

20/01 (Domingo):
Erasmo Carlos
Barão Vermelho
Gilberto Gil
Blitz
Nina Hagen
B-52's
Yes

O que todos estranharam era a mistura quase que aleatória de estilos, era óbvio que Medina e sua equipe não sabiam nada de rock e não acharam as pessoas certas pra dar às coordenadas de quem deveria tocar com quem, e a escolha de Nina Hagen e Go Go's eram praticamente inexplicáveis. Mas estava tudo ótimo, a enorme estrutura construída especialmente para o festival estava pronta, tinha chegado à hora.

Ney Matogrosso foi escalado pro pontapé inicial, sua experiência de mais de dez anos de palco, figura exótica e inúmeros hits poderiam facilmente cativar o público. Não foi bem o que aconteceu, o show acabou sendo um tanto sem graça, eficiente para um lugar menor, mas não para um público daquele tamanho. O que ficou na memória foram as constantes trocas de roupa de Ney em pleno palco, ousadíssimo pra época. Em seguida nossa instituição Erasmo Carlos teve que encarar as feras e acabou se dando mal, a mistura de visual metaleiro totalmente fora de propósito com músicas pop inocentes que ele vinha fazendo na época não agradou nem um pouco, especialmente aos sedentos fãs do Iron, o resultado foi, além da vaia tradicional, uma chuva de pedrinhas que cobriam o chão da pista. Baby e Pepeu apelaram pro agito e solos pesados de guitarra, a galera engoliu sem muita vontade, mas a essa altura não ser vaiado já estava ótimo.

Whitesnake, a grande surpresa, simplesmente deixou o público pasmo, a banda realmente não era muito conhecida no Brasil e mesmo sem nenhum grande sucesso dominou o público com sua performance e músicas poderosas, seu ultimo álbum, Slide It In acabou se tornando o grande clássico da banda. O guitarrista John Sikes causou furor entre a mulherada e foi dito na época que dispensou Sônia Braga nos bastidores...O cara estava podendo.

A única banda internacional que só tocou uma vez foi o Iron Maiden que veio para o evento em plena turnê norte-americana, show aguardadíssimo pela massa de cabeludos. A banda em ótima fase, logo após lançar o disco Powerslave, como sempre foi extremamente competente deixando todo mundo mais que satisfeito.

Depois da passagem apoteótica do Queen em 1981 a expectativa era grande, tinham acabado de lançar um bom álbum, aliás, o último bom, The Works. Não poderia ter sido diferente, a quantidade de sucessos foi avassaladora, a atuação primorosa como sempre, desbunde total.

Segundo dia, público mais adulto e mais tranqüilo, prato cheio para Ivan Lins que acabou deixando a oportunidade passar, perdeu a voz aos vinte minutos de show, e terminou a apresentação na metade, a platéia não ficou nem um pouco feliz. Surpreendentemente Elba Ramalho deu conta do recado, na base do frevo e da agito sem limites acabou agradando. Todo mundo pulou, dançou, suou e se divertiu. O nervosismo atrapalhou um pouco Gilberto Gil que parecia tenso e acabou não dando tudo de si.

Al Jarreau tinha emplacado um ou dois sucessos nos dois anos anteriores o que não foi o suficiente pra garantir um grande show, passou batido.

O que ninguém esperava era que James Taylor, que andava meio sumido e não gravava a quatro anos, se tornasse uma das sensações do festival. Show impecável, carisma e simpatia foram à fórmula perfeita pra conquistar a imensa platéia que delirou com seus clássicos, cantando e dançando de rostinho colado todas as músicas. Se existe a tal da "troca de energia" entre público e artista de que tanto falam ela aconteceu como nunca naquele sábado. A repercussão do show pelo mundo foi tão grande que sua carreira decolou de novo com seu disco seguinte.

George Benson não tinha como não agradar, muitos sucessos, músicos excepcionais, domínio de palco e público. Claro que depois do sucesso surpreendente de Taylor seu show acabou sendo um pouco ofuscado, mas agradou...Ivan Lins subiu no palco e deu uma canja pra se redimir.

Terceiro dia tranqüilo no Rock in Rio, música pop e new wave com bons shows de Paralamas, Lulu e Blitz.

Não se sabe por que, mas Nina Hagen e Go Go's eram anunciadas como grandes nomes da new wave. Ninguém conhecia nenhuma de suas músicas, o que acabou fazendo com que o fraquíssimo show das sacolejantes Go Go's fosse quase ignorado pela platéia, com certeza o pior show do evento. Por incrível que pareça Nina Hagen foi um sucesso, causou grande impacto com seu visual e voz operística, a imprensa sempre querendo estar um passo à frente, adorou...Achou tudo moderníssimo. Do dia pra noite Nina ficou famosa no Brasil.

Rod Stewart fechou a noite em grande estilo, a essa altura de sua carreira a quantidade de sucessos era absurda e público ouviu tudo o que queria de um animado Rod, "confesso que entrei no palco bastante alto no primeiro show..." confessou depois.

Como era de se esperar, segunda feira tranqüila e de pouco público, o menor do festival. Moraes Moreira e Alceu Valença agradaram bastante e George Benson e James Taylor repetiram suas performances eficientes, mas com a ordem dos shows trocada, Taylor fechou a noite.

Terça feira era um dia dos mais aguardados, Scorpions e AC/DC, expectativa total. Mais uma vez grande parte do público formado por rockeiros mais radicais que não estavam nem um pouco a fim de aturar Kid Abelha e Eduardo Dusek, mais uma falha da produção.

Kid Abelha só não foi vaiado porque a galera ainda estava descansada, além de tudo o baterista num acesso de "me segura que eu to doidão" fez um solo surpresa e interminável, teve que ser retirado pelo resto da banda pegou mal. Dusek não conseguiu terminar o show, saindo quatro músicas antes do final, realmente o termo "peixe fora d'água" se aplicava perfeitamente.

A apresentação do Scorpions prometia, tinham acabado de lançar um disco de grande sucesso, "Love At First Sting", e já não eram uma banda apenas conhecida por rockeiros mais fanáticos. Superaram todas as expectativas, show impecável, carisma, energia e empatia total com a platéia. Klaus Meine cantou enrolado na bandeira do Brasil, todos adoraram, unanimidade de crítica e público, saíram do palco consagrados."Still Loving You" virou uma das músicas mais tocadas no país naquele ano e o clipe da música "Big City Nights" acabou sendo gravado no Rio de Janeiro, deixando os fãs da banda orgulhosos.

Só mesmo o AC/DC pra segurar a bronca depois de um show tão marcante quanto o do Scorpions, como sempre tiraram de letra, arrasador, Angus Young enlouquecido, Brian Johnson no auge da forma, muitas músicas de sucesso, perfeito.

Pra coroar a noite Tancredo Neves havia acabado de ganhar de Paulo Maluf nas eleições indiretas, começando o processo de abertura política tão esperado. O curioso é que todos os jovens que estavam ali assistindo aos shows eram obviamente favoráveis a renovação, mas Tancredo, muito mal assessorado, dias antes do Rock in Rio soltou a pérola: "A minha juventude, a juventude por quem eu tenho apreço, respeito e admiração, não é a do Rock in Rio, é a do estudo, do trabalho, do sofrimento, da luta...". Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.

Quarta feira, mais um dia de misturas inusitadas, Moraes Moreira, Rod Stewart e Ozzy?Então ta bom...

Coube aos Paralamas a tarefa difícil do ponta-pé inicial, a banda ainda não tinha muitas músicas conhecidas e ainda teve que contar com a má vontade do fãs de Ozzy, mas mostraram segurança e competência saindo consagrados. Moraes e Rita Lee apenas conseguiram segurar a bronca, mas não chegaram a agradar.

Bom, chegava na hora tão aguardada, Ozzy Osbourne, ele não estava em sua melhor fase, tinha acabado de lançar o disco "Bark at the Moon" que era bom, mas estava gordo e sua voz mais fraca do que nunca. A competência da banda e a boa vontade da platéia não conseguiu tornar o show exatamente memorável, Ozzy mal se mexia, desafinava absurdamente e jogava baldes de água num público já molhado pela chuva que caía no momento da apresentação. Mesmo assim os metaleiros ficaram felizes, a carência de shows era tão grande que ver Ozzy ao vivo já era um sonho realizado.

Rod Stewart tocou pra quem queria realmente ver seu show, os fãs de Ozzy a essa altura já estavam indo embora do local. Melhor pra ele.

Quinta feira de muita chuva e muita lama. Mais shows de Alceu, Elba e Al Jarreau e o aguardadíssimo Yes. Pra muita gente a banda tinha se vendido, estava fazendo um som comercial sem nenhum valor, mas a verdade é que o Yes vivia uma fase de renovação, o disco "90125" era ótimo e independente da vontade dos fãs era um estrondoso sucesso de vendas. Debaixo de um dilúvio o grupo deixou todo mundo feliz com sua atuação pra lá de eficiente, lambuzados de lama alguns mais bicho-grilo gritavam: "Estou em Woodstock!!!..." momento histórico da falta de noção.

À noite de sexta feira era considerada a noite new wave, apesar do Queen ser a atração principal. Depois de sete dias de festival os músicos brasileiros estavam indignados com a diferença da qualidade de som em relação às atrações internacionais, o som das bandas gringas era mais limpo mais nítido e mais alto. Os boatos de sabotagem estavam rolando soltos e alguns resolveram protestar. Todos reclamaram do som, mas Lulu Santos foi além, insinuou que os brasileiros estavam sendo sabotados e simplesmente não terminava o show, tocando mais músicas que o combinado com a produção. Foi praticamente retirado a força do palco e ainda soltou: "Os americanos estão me mandando embora!", pegou mal, pra ele.

O engraçado é imaginar o pessoal do Queen ou do Yes achando necessário sabotar o Kid Abelha ou a Elba Ramalho. Depois do festival os técnicos brasileiros assumiram que nunca houve má fé dos gringos, na verdade os equipamentos sofisticados e supermodernos eram desconhecidos por aqui e simplesmente ninguém sabia operá-los direito, resultando num péssimo som pra maioria das bandas, especialmente as que tinham muitos instrumentos em sua formação, o que tornava a equalização ainda mais difícil.

À noite de sábado era a "noite do metal", adivinhem de quem era o show de abertura?Erasmo Carlos!Claro que ele ficou "doente" e foi transferido para o dia seguinte. O abacaxi ficou na mão de Baby e Pepeu que até seguraram a onda com muuuuuitos solos de guitarra de Pepeu Gomes.

O que veio a seguir foi o que o público já esperava: muito peso, muita bateção de cabeça e uma quantidade enorme de headbangers de outros estados e até de países vizinhos. As bandas mantiveram a qualidade de suas apresentações anteriores e todo saiu feliz.

Ultimo dia da maratona, dessa vez Erasmo tocou mais sossegado, sem nenhum acidente. Barão Vermelho fez um bom show, Cazuza foi nota dez e assim como os Paralamas também saíram consagrados do festival. A Blitz fez o ultimo show de sua carreira, B-52's repetiu a apresentação divertida de dias antes e o Yes fechou tudo no clima apoteótico que o evento merecia.

A repercussão de todo o festival foi tão grande que o Rock in Rio ganhou fama no mundo todo, quase todas as bandas citam até hoje o impacto que foi vir para o Brasil sem saber o que iriam encontrar e acabar se deparando com platéias de mais de duzentas mil pessoas. Realmente um marco na história dos festivais de rock, mais de um milhão de pessoas compareceram ao evento que consumiu em sua produção cerca de doze milhões de dólares.

A quantidade de shows internacionais no Brasil aumentou assustadoramente, os técnicos e promotores adquiriram o know-how necessário para não fazer feio e até a vendagem de discos aumentou naquele ano. Roberto Medina deu autógrafos, foi abraçado, beijado e não faltaram pedidos da moçada para que ele se candidatasse para algum cargo político, não se pode negar que realmente sua iniciativa botou o país na rota das grandes bandas.

O Rock in Rio ainda rola de vez em quando, até Lisboa já teve o seu, o engraçado é que até hoje os organizadores ainda não aprenderam a combinar as atrações certas umas com as outras...Será que um dia eles aprendem?

Fonte: whiplash

sexta-feira, 4 de junho de 2010

[AKIJOVEM] Tudo sobre os famosos e celebridades vc encontra aqui


Rodrigo Faro recebe Joelma e Chimbinha(Banda Calypso) em "O Melhor do Brasil"

Joelma e Chimbinha são os convidados de “O Melhor do Brasil” deste sábado (05).O casal vão participar do quadro “Foras e Furos” onde enfrentam Britto Jr. e Amanda Françozo, os apresentadores da Record.


Ellen Roche festeja papéis em seriados globais

Emplacando uma série de participações em programas da Globo, a atriz Ellen Roche só tem motivos para comemorar. Ela estará neste domingo (06), no seriado "SOS Emergência", interpretando uma médica cardiologista, a dra. Luiza.


Ellen Roche na tela da Globo

Vale lembrar que nos últimos dias a loira também gravou para o novo seriado "Na Forma da Lei", no papel de uma ex-modelo, Denise Williams. "Vou fazer jus a estas oportunidades que estão sendo dadas a mim pela Rede Globo. Estou estudando bastante, fazendo cursos, a dedicação está sendo totalmente voltada para a dramaturgia", garante Ellen.

Neguinho da Beija-Flor homenageia seleção brasileira em novo CD

"Guerreiro, Brasileiro e Sonhador" é o título do novo CD de Neguinho da Beija-Flor, que será lançado no próximo dia 17 de junho com show no Teatro Rival, no Rio. O disco, que marca os 36 anos de carreira do cantor, também mostra o lado autoral do sambista, já que suas 13 faixas foram compostas por Neguinho.
Às vésperas da Copa do Mundo, o CD traz o samba “Brasil, Rei da Bola” (composto em parceria com Murilo Rayol), em homenagem à seleção brasileira de futebol. "Está sendo um trabalho inédito e especial, principalmente por ser uma nova experiência. Sou muito crítico com o que faço e tenho mania de perfeição, então acho que o público vai gostar", garante o sambista.
Outra novidade do novo trabalho -- o 33º do artista -- é seu caráter popular: Neguinho decidiu colocá-lo à venda nas bancas de jornais de todo o país a um preço bastante acessível, R$ 5,00. "Agora vou poder competir com camelô", brinca ele.


A foto da capa do novo CD de Neguinho da Beija-Flor

Belo e a banda Calypso animam festa junina do Retiro dos Artistas


O cantor Belo e a banda Calypso animaram a festa junina do Reitro dos Artistas na noite desta quinta-feira, 3, em Jacarepaguá, Zona oeste do Rio. Belo recebeu o carinho do assistente de palco Russo. Já Stephan Nercessian posou para fotos com Joelma e Chimbinha.


Belo e Russo

Joelma, Stephan Nercessian e Chimbinha


Novo namorado de Amy Winehouse teria caso com stripper
Segundo jornal inglês 'The Sun', Reg Traviss estaria saindo com stripper há dois anos.


Amy Winehouse mal começou um novo relacionamento e já está tendo problemas. Segundo o jornal inglês "The Sun", o novo namorado da cantora, o diretor Reg Traviss, estaria saindo com uma stripper chamada Raven.
Segundo fontes do jornal, a stripper disse aos amigos que eles estão juntos há dois anos e que não terminaram: "Amy não vai roubar meu homem", teria dito. Reg teria levado Raven para jantar na quarta-feira, 2, em Londres, mesmo dia em que saiu para almoçar com Amy.
Esta é a primeira vez que Amy namora desde que terminou com o ex-marido Blake Fielder-Civil. Feliz como o novo relacionamento da filha, o pai de Amy chegou a declarar que o novo casal tem sua benção: "Fico feliz que ela está namorando e seguindo com sua vida".


Gracyanne Barbosa vai lançar grife com seu nome, diz jornal
Namorada de Belo gosta de vestidos ousados e decotados

Gracyanne Barbosa vai lançar uma grife com seu nome, diz o "Diário de S. Paulo".
Se a marca for inspirada no próprio estilo da namorada de Belo, veremos roupas bem ousadas com decotes generosos, como na foto ao lado.



Rihanna mostra o bumbum em partida de vôlei
Cantora aproveitou o dia em praia na Grécia com sua equipe

A cantora Rihanna mostrou o bumbum durante uma partida de vôlei em praia grega próxima a Atenas. Segundo o "The Sun", ela se divertiu com sua equipe durante seu dia de folga. Rihanna está fazendo a turnê "Last Girl On Earth" pela Europa.
Por: Dayane Silva

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ROCK ENTRE LINHAS


HOJE POSTAREI ALGUMAS DICAS DE LIVROS. OS ASSUNTOS DESTACADOS SÃO BEM INTERESSANTES PARA OS AMANTES DO BOM E VELHO ROCK.



Neste Almanaque do Rock o leitor encontra mais de 50 anos de história do bom e velho rock and roll, tudo sob a chancela do bom e velho Kid Vinil. De Chuck Berry a Radiohead e Muse, Elvis a Nirvana, Beatles a Oasis, Kiss a Pistols, está tudo aqui.






ALMANAQUE DO ROCK
Kid Vinil
(Ediouro)
Número de Páginas : 248
Altura : 23 cm
Largura : 20,8 cm



Se na década de 50, quando ele foi inventado por Chuck berry e Elvis Presley, significava uma fusão da country music e do rhythm’n’blues, hoje essa definição pode ser muito mais ampla. Com o passar dos tempos, o rock agregou elementos do jazz, da música clássica, do folk e da world music, entre outros.


Hoje o rock deita e rola na era digital, usando samplers, instrumentação eletrônica e muitos computadores. Mas uma coisa é importante ressaltar: o rock and roll nunca perdeu a sua rebeldia, o seu jeito de “entrar com o pé na porta”.


Você sabia que...


As raízes do rock and roll provêm de fontes variadas, como do blues tradicional, do Rhythm & Blues (R&B) e da música country, e que teve seu modelo criado pela primeira geração de rockers, como Chuck Berry, Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Bill Haley, entre outros?


Jerry Lee Lewis se casou com a sobrinha em segundo grau antes da assinatura do divórcio do casamento anterior, arruinando, com isso, sua carreira?


No Brasil, as primeiras gravações de rock and roll foram feitas por cantores populares, como Nora Ney, Cauby Peixoto, Agostinho dos Santos, Dolores Duran e Elis Regina, entre outros?


O Monterey Pop Festival é considerado o precursor do movimento hippie e se tornou modelo para grandes festivais futuros, como o de Woodstock?


Muitos consideram o Sex Pistols a primeira banda de punk inglesa, mas que o Clash é a banda que realmente pode ser considerada a verdadeira banda punk britânica?


Vimana foi uma banda brasileira dos anos 1970 que tocava rock progressivo e teve entre seus integrantes Lobão, Lulu Santos e Ritchie?


Descubra muito mais no Almanaque do rock!


Mini-site do Livro
www.ediouro.com.br/almanaquedorock


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BANDA AC/DC






Em A história da banda AC/DC – Let There Be Rock, Suzan Masino traça a história da banda, desde seus primórdios, na Austrália, a detalhes da trágica morte de Bon Scott. Ela também conta como foi a escolha do novo frontman, Brian Johnson, e os bastidores do álbum divisor de águas da história do rock, Black in Black, o segundo mais vendido da história.




+ livro rock

LET THERE BE ROCK

A verdadeira história do AC/DC



A jornalista especializada em música Suzan Masino acompanhou a carreira do AC/DC desde seu inicio nos anos 1970. Para escrever este livro, ela recorreu ao seu vasto arquivo de entrevistas feitas em primeira mão e também a novas entrevistas com outros músicos e amigos da banda. Para o trabalho, foram entrevistados além dos integrantes da banda, personalidades como Keith Emerson (tecladista da banda Emerson, Lake & Palmer), Dave Evans (primeiro vocalista do AC/DC), Raymond Windlow (roadie da banda), e outras pessoas envolvidas com a história do grupo.

Em A história da banda AC/DC – Let There Be Rock, a autora traça a história da banda, desde seus primórdios, em Sydney, Austrália, além de detalhes como a trágica morte do vocalista Bon Scott, em 1980. Ela também conta como foi a escolha do novo frontman, Brian Johnson, e os bastidores do álbum divisor de águas da história do rock, Black in Black, apontado pela RIAA (Recording Industry Association of America), orgão que controla o mercado fonográfico norte-americano, como o 2º álbum mais vendido da história.

Todos os capítulos do livro levam títulos das músicas que vão desde o primeiro albúm (High Voltage) até o 18º (Black Ice). A obra premia os leitores com um cartão de mais 50 fotos, discografia completa, relação dos singles americanos, australianos e britânicos, bem como os álbuns de estúdio, vídeos e dvds. Um livro de fã para fã que foi sucesso nos EUA e Europa e agora é lançado no Brasil. Esta é a primeira vez que um livro sobre a banda é publicado no Brasil. For those about to rock!

Sobre a autora:
Susan Masino trabalhou como jornalista especializada em rock durante 29 anos e é autora de Famous Wiscosin Musicians e de Rock ´N´ Roll Fantasy: My Life and Times With AC/DC, Van Halen and Kiss. Publicou seu próprio jornal de música, Rock Central, por seis anos e escreveu para o Wi Music News uma coluna mensal. Criou um programa de rádio para a WJJO, de Madison, Wisconsin, que produziu e apresentou de 1997 a 2004. Susan também aparece no DVD Van Halen: The Early Years.


Livro: A história da banda AC/DC – Let there be rock
Autora: Susan Masino
Páginas: 256
Preço: R$ 39,90
Editora: Companhia Editora Nacional


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Os Beatles são assunto inesgotável. Centenas de livros, artigos e matérias já foram publicados sobre eles. Can’t Buy Me Love, mais recente lançamento da editora Larousse do Brasil, é um livro sobre os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos nos vinte e cinco anos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial.






CAN’T BUY ME LOVE

Os Beatles, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos


Livro entrelaça biografia, história cultural e crítica musical




Fruto de quase vinte anos de pesquisa, o autor Jonathan Gould situa o Fab Four no amplo e tumultuado panorama de seu tempo e espaço e enraíza a história da banda no contexto social que envolveu tanto a ascensão quanto a sua dissolução.


Tomando como ponto de partida a adolescência dos Beatles em Liverpool, Gould descreve as influências seminais – de Elvis Presley e Chuck Berry a The Goon Show e Alice no país das maravilhas – que os moldaram como indivíduos e como banda. Além de analisar a evolução como cantores, compositores e músicos, o autor destaca os avanços na tecnologia de gravação que tornou o som possível e singular, além das evoluções na televisão e no rádio que imprimiram força explosiva ao sucesso da banda.


Músico profissional, Gould evoca com sensibilidade o apelo atemporal da colaboração Lennon-McCartney e sua emergência como uma das mais criativas e significativas duplas de compositores da história. E lança novas luzes sobre a importância de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band como primeiro álbum conceitual do rock, algo expresso desde a memorável capa do disco.


Gould desvenda ainda os papéis centrais exercidos nos bastidores pelo empresário Brian Epstein e pelo produtor George Martin, além de creditar a influência exercida na música dos Beatles por contemporâneos como Bob Dylan, Brian Wilson e Ravi Shankar, acompanhando a escalada gradual das rivalidades internas que levaram à separação da banda depois do lançamento de sua última obra-prima, Abbey Road.


Mais significativamente, ao resenhar o impacto revolucionário do grupo sobre a cultura popular na década de 1960, Can’t Buy Me Love joga luz sobre os Beatles como fenômeno carismático de proporções internacionais, cuja energia perene e influência sem precedentes derivam das mudanças nos rumos do destino que transformaram a relação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.


Dos beats dos Estados Unidos e dos Angry Young Men da Inglaterra às sombras do Caso Profumo e do assassinato de John Kennedy, Gould captura os desdobramentos de uma era que tornou os Beatles possíveis – e até necessários.



Sobre o autor: Escritor e ex-músico profissional, Jonathan Gould estudou com o eminente baterista de jazz Alan Dawson e trabalhou por muitos anos com bandas e estúdios de gravação. Além de escrever e tocar, Gould formou uma família, atou como político e desempenhou papel ativo na vida da comunidade no interior do estado de Nova York, onde vive há vinte e cinco anos.



Can’t buy me love
Autor: Jonathan Gould
Págs: 752
Tradução: Candombá
Preço: R$ 99,00
Editora Larousse